A alma humana é como água: ela vem do céu e
volta pro céu, e depois retorna à Terra, num eterno ir e vir.
O maior desafio de nossa alma é se
projetar no mundo material com a transparência do mundo espiritual. É difícil
para nossa alma transcender a mente e a emoção e se apresentar exatamente como
é. Nem todos olham para dentro e vêem milhões de oportunidade esperando o toque
da boa vontade, que a lucidez mostra pra nós um campo imenso a ser cultivado.
Sua energia necessita ser produtiva e fértil, para que com isso se desenvolva e
adquira novos valores. Pra falar de alma tenho que falar da sua base
primordial, preciso descrever sua imensa natureza de possibilidades. A alma
contém todas as riquezas do mundo em doses menores, possui a marca de toda a vida
seja ela física ou espiritual. Possuem os dons e valores incalculáveis,
atributos inumeráveis, poderes inimagináveis e por fim, eternidade
não-definida. Estou falando da mais sublime equidade, das mais nobres das
propriedades; estou dizendo da Virtude.
Virtude não é simplesmente uma
disposição a praticar o bem, trata-se de uma verdadeira inclinação ao bem. A
virtude é o mais alto grau o conjunto de todas as qualidades essenciais que
constituem uma alma aperfeiçoando-se com o habito. Só vive-se virtuosamente
quem vive na alma. Virtude é o caminho para a felicidade e, em certa medida, a
própria felicidade. Ela consiste na honestidade, no bem e está distante do mero
prazer; “é algo de elevado, sublime e nobre, invencível, infatigável. Não há
como se usar dela para o mal e, por isso, ela basta para a felicidade. Ninguém
pode ser feliz se não tiver a mente sadia e, certamente, não a possui quem opta
pelo que vai prejudicá-lo. O homem virtuoso, este de mente sadia, ao agir, não
se baseia pelo prazer, mas pela virtude que em si, é um bem. Ao contrário do
sábio, o homem inconsciente, que age pautado apenas pelo prazer encontra
somente o fracasso. O prazer leva o homem à servidão.
Sendo a virtude a própria
felicidade, ou seja, o fim último do homem, o prazer tende a ser apenas meio.
Tende a ser “um aliado e não o guia da vontade digna e reta” Ao homem que
aspira viver
virtuosamente
nada mais é necessário além do que a sua própria essência oferece. Assim, ela,
a alma é quem melhor pode conduzir o homem a virtude. O desejo sempre começa pelo fim, enquanto a
razão procura o meio. O homem que busca a felicidade deve buscar somente o meio
oferecido pela razão, e o prazer, deste modo, só se torna meio se for agregado
pela razão e não em si mesmo.
O prazer
deve ser conseqüência da vida virtuosa. Buscar o prazer pelo prazer é buscar a
finitude pela finitude, a imperfeição pela imperfeição. Quem busca o que é
perfeito deve o fazer somente pela virtude.
O homem que busca alcançar a felicidade pautada nas
virtudes, encontra “serenidade estável, alegria profunda”. Além disso,
encontrar a felicidade é encontrar a liberdade. O único senhor capaz de
oferecer ao homem a alforria dos prazeres e de toda espécie de escravidão é o
próprio homem. Mas aceitar viver libertado só pode o homem que compreende e
vive as virtudes. Aquele que a nada está acorrentado ou apegado.
Dizer que um homem é escravo somente
por sua condição servil é muito pouco. O homem é muito mais do que sua imagem
exterior. A maior liberdade a ser alcançada é a liberdade sobre o próprio homem
que tem como meta libertar-se de suas imperfeições. A consciência é o
fundamento da felicidade. “É verdadeiramente feliz e dono de si o que espera o
amanhã sem preocupação e ansiedade”. O que tem plena consciência de si é o
sábio que conseguiu ser livre de si, e ao mesmo tempo senhor de si mesmo. É
consciente aquele que soube despojar-se de si a tal ponto de poder controlar-se
plenamente. Desta maneira, “a vida é longa se for vivida com plenitude. Assim,
ela está plena quando a alma tomou posse do bem que lhe é próprio e não depende
senão de seu poder”. Somente retomando o caminho da libertação do eu para o seu
domínio o homem contemplará o bem!
Podemos
fazer um paralelo entre o bem-supremo também, assim distinguimos o que de fato
é a felicidade das outras opiniões comuns que afirmavam em torno dela. Uma
destas é justamente o que foi anteriormente analisado a respeito do prazer.
Muitos pensam que a felicidade se encontra no prazer, ou até mesmo, que o
prazer é a felicidade. Porém, deste pensamento, uma vez que o bem, isto é, a
felicidade deve ser algo que de fato pertença ao indivíduo que a possui, já os
prazeres facilmente são retirados do homem. Assim, estes não podem ser o bem
real da alma. O homem feliz vive bem e a felicidade leva o homem
obrigatoriamente a pensar na virtude. Ou seja, os atos do homem, isto é, suas
atividades são determinadas na busca da felicidade. Nada é adquirido do dia
para noite e sim alcançada por hábitos, hábitos estes que se tornam disposições
para agir. Pra isso é necessário a sabedoria, o conhecimento e muito trabalho.
Existe sim na alma humana a capacidade para a virtude, para a sua acolhida e o
seu aperfeiçoamento, ou seja, perder-se-ia formular que existe predisposição na
virtude da alma. Somente o que é bom em si pode levar o homem à felicidade. Aí
se dá o ponto magno da virtude. Só a virtude é capaz de aproximar-se do sumo
bem e somente ela é perfeita e divina a tal ponto de ser suficiente, ou melhor,
mais que suficiente para o homem ser feliz. Daí segue-se a afirmação: “a
verdadeira felicidade consiste na virtude”. Ou seja, que a felicidade é
possível mediante a prática das virtudes. O homem almeja a ‘tranquilidade’. Eis
no que consiste a felicidade absoluta.
As virtudes
humanas implicam progresso, pois, estão intimamente ligadas à natureza do
homem. Ou seja, não se viver na inércia, nem entregar-se ao movimento das
paixões. Uma vez que, a inconstância das paixões
leva à escravidão. O caminho do ócio é justamente buscar não a inoperosidade,
mas operosidade frutuosa, que leve o homem ao encontro consigo mesmo com o bem
supremo: “ao retirar-se, seja onde for que acolha seu repouso, o indivíduo
envidará por ser útil a todos e a cada um em particular, mediante o seu
talento, palavra e conselho”
Todos os homens se estão postos no mundo são convidados
de forma voluntária a lutar na batalha da vida. Uns se perdem no caminho,
outros o encontram já no fim, e há os que nunca trilham o caminho correto. Por
isso, vê-se a necessidade de buscar a sua essência, a imutabilidade. Para que
se caminhe sempre no caminho da virtude e nunca dele se desvie. É impossível e
contra a natureza ser imutável na terra. Resta ao homem, portanto, viver de
acordo com a razão, com a consciência até chegar ao seu fim.
“o fim do homem é uma vida de harmonia
com a natureza, e ele pode alcançá-la com as próprias forças graças às atitudes
que possui. Na sua consciência ele tem um guia infalível para a ação”
É
certo que não passo de um viajante, um peregrino nesta terra.
Tudo na vida
vem do espírito, e, quando conseguimos ficar
nesse nível, tudo funciona melhor. Quando
muda o entendimento, muda a postura. Muita
coisa que aprendemos com a educação cerceia nosso
desenvolvimento espiritual, como exemplo a religião, ela
fantasia muito as coisas, não está
baseada na inteligência. A gente só pode ter fé
numa coisa depois que sabemos que ela funciona.
E, se alguma coisa funciona, ela está
baseada em leis, das quais temos que aprender. Nós
temos uma leitura do que vemos, cada um de cada
jeito. São muitas informações sobre o invisível que se
acumulam, e o perigo disso é crer como
certo e como seguro esses valores. Como o exemplo
o carma, que dizem que você tem que se conformar
e tem que aceitar. Isso não é verdade. Se uma
situação não está boa, tome medidas para sair
dela. Você não está nesta vida para ser infeliz,
e sim para realizar os anseios de sua
alma. A mulher apanha do marido que bebe e
aceita, dizendo que casou, que tem que aceitar, que
é o carma dela. E isso não é
verdade. O que a alma dela quer é que
ela procure o melhor para ela.
O conhecimento
espiritual nos liberta, quando questionamos e assumimos
realmente o que nos serve. As religiões
na verdade; não são espirituais; pois, elas nos
ensinaram muito medo e com isso nos esquecemos de
construir no bem. Quando nos conscientizamos,
todo nosso tempo será para construir no bem. Com consciência
nunca nos abatemos com nada, nada é problema,
nada pode nos derrubar. Nem a velhice e a
morte não nos assustam mais. Você sofre
quando está na visão pequena. Quando você
não vê a grandiosidade. A vida nos
fez eternos, então temos que dar certo. Com
inteligência caminhamos melhor e sem dor.
Sempre temos gente nos cuidando e esse
cuidado não é bem como nós pensamos, não
é mimo, não tem coitado, é no
sentido de orientação. Orientação que verifica,
tem que sentir a plenitude e a
leveza, para não cair nas malhas do astral
inferior.
Nós não
estamos presos senão pela nossa ignorância,
porque quando aprendemos nos libertamos. O
conhecimento verdadeiro é a luz do
espírito. Tudo é aprendível. Nós podemos e
nosso potencial é muito grande, por isso
precisamos aprender. Aprender, e aprender o
certo para nós, o que serve para nosso espírito, é o
mais importante. É importante desenvolver-se. O
interesse da vida, do universo, é que você cresça.
Em qualquer atividade, em qualquer lugar que você
esteja, você está lidando com você, está desenvolvendo,
está sempre e sempre
se exercitando. Tudo é trabalho no estágio em que
nós estamos. Tudo. A gente não quer
sossego enquanto quer ação. Tudo se move.
Tudo tem que ser uma experiência boa para
você. A vida que você escolhe. O
universo não dita regras. É você que acha
isso. No astral tem de tudo, mas nada
é regra. Tudo que você está fazendo
você que atraiu. O mundo astral é
diversificado porque ele é muito flexível, lá
é tudo rápido. Aqui no físico tudo é
lento. O astral se organiza por leis.
Por exemplo: as leis da afinidade, que
agrupam pessoas, mas que não são iguais,
são complementares, ambas tem algo para se dar. A
afinidade, por exemplo, entre a flor
e a abelha, a necessidade as une. A
necessidade também é um foco de união. Que se
atrai porque precisamos uns dos outros. No universo os
opostos não se atraem, só os
complementares. Não são os opostos, por exemplo:
o mandão com o submisso, as trevas
e a luz, são complementares, se compõem. Uma
das grandes prática espiritual é a prática da
sintonia com universos diferentes. Por exemplo, para
assuntos financeiros, podemos contatar astral
de seres que nos orientam financeiramente e
com tranqüilidade, pois em vez disso
temos o costume de nos sintonizarmos
com a aflição do problema. As informações
estão todas disponíveis no mundo astral, tanto
em assuntos de doença, dinheiro, relacionamentos,
etc.. Quando a informação chega você tem
que fazer um esforço para entendê-la e fique
atento, muito atento porem sempre que está tentando
entender chegam pensamentos contrários para cortar.
Não posso deixar de lado a bem-aventurança,
a
benevolência
e benção, tudo isso é beleza que temos
e assim vamos chamando para podermos usufruir das belezas da realidade.
Evocando todas as possibilidades de renovação, boa vontade é o caminho da
evolução. Ter coragem de ser espiritual de viver com espírito, sem as amarras
do mundo. Se de o direito de estar a altura de receber a presença de Deus, se Deus vem visitá-lo arrume seu templo para
sua visita. Deus não fica em casa bagunçada, suja com sentimentos
malévolos e pensamentos nocivos.
Vida é a gestação da
alma para a eternidade.
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